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Procissão da Aleluia
No primeiro quartel do século XVII, a população de São Brás de Alportel começou a realizar a Procissão de Aleluia com todo o esplendor, tornando-se rapidamente numa das mais imponentes procissões do Algarve e a maior festa do concelho. Esta procissão, da Ressurreição, realiza-se na manhã do Domingo de Páscoa, depois da oração de Laudes. A procissão é um mar de tochas floridas e de canto ensurdecedor ao Cristo Ressuscitado. Apesar desta ter sido uma procissão muito popular em todo o Algarve, só continua a ser realizada no concelho de São Brás de Alportel. Actualmente esta procissão é considerada uma das mais genuínas manifestações culturais de cariz religioso do país.
As principais ruas da vila são embelezadas por milhares de rosas e flores campestres, dando forma a uma extensa passadeira florida que no Domingo de Páscoa descreve o percurso da Procissão da Aleluia, em São Brás de Alportel. As varandas dos edifícios no percurso da procissão são decoradas com colchas coloridas e flores campestres.
Este trabalho é feito por muitos dos habitantes da vila, que se dedicam durante as semanas anteriores e toda a noite e madrugada de domingo, para que, na manhã de Páscoa, tudo esteja perfeito.
Os homens levam nas mãos tochas floridas e formam duas alas a abrir a procissão. Estas tochas são ornamentadas com flores naturais da região ao critério de cada participante na procissão.
Durante a procissão os homens reúnem-se em pequenos grupos que erguem as tochas e respondem «aleluia, aleluia, aleluia» quando uma voz forte diz «ressuscitou como disse». A explicação religiosa para o facto de serem só homens a erguer as tochas na frente da procissão, assenta na ideia de que as confrarias, o grupo que vai à frente do pálio, serem compostas apenas por homens. As irmandades, onde estavam as mulheres, seguiam atrás.
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